No universo do Candomblé, poucas questões causam tanto debate quanto a participação das mulheres tocando atabaques. Recentemente, publiquei um vídeo no canal Farol Ancestral abordando justamente esse tema: mulheres tocando atabaques. Este artigo é um convite para você refletir sobre essa questão conosco — e, claro, assistir ao vídeo completo para entender todas as nuances envolvidas.
Table of Contents
O Valor dos Toques no Candomblé: Ogã
Os atabaques não são apenas instrumentos musicais: eles são condutores da energia e da comunicação com o sagrado. O aprendizado dos toques no Candomblé é, acima de tudo, uma experiência vivencial, transmitida pelo convívio dentro dos terreiros e pelo respeito à tradição.
Além disso, cada toque carrega significados específicos, invocando diferentes forças e momentos litúrgicos. Dominar um toque não é apenas saber executá-lo musicalmente, mas entender sua energia, sua finalidade e o impacto que ele gera no Axé da casa. Por isso, o compromisso de aprender vai muito além da técnica: é um ato de responsabilidade espiritual.
Mulheres Tocando atabaques: Tradição ou Tabu a Respeito dos Nossos Toques Sagrados do Candomblé?
Historicamente, a função de tocar atabaques é atribuída aos Ogans. No entanto, nunca houve um interdito absoluto à aprendizagem musical pelas mulheres. Algumas questões culturais, como o tabu do casamento e o respeito às fases do ciclo menstrual, sempre permeiam essas discussões.
Ainda assim, a história mostra que mulheres tiveram papel fundamental na formação de muitos tocadores tradicionais, especialmente em momentos de transição e implantação do Candomblé em novas regiões, como em São Paulo.
Consciência e Respeito: Tradição do Candomblé e os Pilares Fundamentais
Dentro de cada terreiro, os fundamentos e orientações precisam ser respeitados. Mais do que polemizar, é essencial que cada um reconheça o seu papel, a sua função e os limites definidos pela tradição local. A maturidade espiritual também está em saber ouvir, respeitar e agir com consciência.
Respeitar os fundamentos de uma casa é reconhecer que a tradição é o alicerce da nossa fé. E maturidade espiritual não se demonstra apenas em dominar conhecimentos técnicos, mas em saber quando agir, quando recuar e quando se colocar no lugar que nos é designado. No Candomblé, o sagrado é vivo e, por isso, exige de nós humildade, paciência e escuta constante.
Mulheres no Candomblé: Assista ao Vídeo Completo
No vídeo — à luz de um caso real — abordo:
- As vivências musicais no Candomblé;
- A influência da cultura musical de lugares como Salvador;
- A importância do olhar técnico sobre os toques;
- Os tabus tradicionais explicados de forma didática;
- E, claro, a minha opinião pessoal, baseada na experiência e no respeito à religião.
Não deixe de assistir!
Assista agora: Mulheres Tocando Atabaques no Candomblé — Reflexão e Respeito
O vídeo traz uma reflexão bem interessante, com exemplos práticos, para que todos nós tenhamos argumentos sólidos ao formar qualquer opinião sobre o assunto, nos apartando de argumentações rasas que em nada contribuem para o Candomblé. Não deixe de curtir o vídeo e compartilhar o link nas suas redes sociais, para que assim possamos fomentar mais discussões sadias e que podem ajudar a transformar a maneira como algumas pessoas ainda enxergam nossa religião.
Na descrição do vídeo, deixo o link para a postagem original para que todos possam ver o conteúdo que motivou esta reflexão e assim cada um tirar suas próprias conclusões.
Se você é apaixonado pela nossa cultura, pela música sagrada e pelo fortalecimento consciente da nossa religião, este vídeo é para você. Se inscreva no canal e ative o sininho para não perder mais conteúdos como esse. Fique atento ao blog para mais artigos informativos.